sexta-feira, 12 de junho de 2009

Verde do mar

Se minha vida está doente, choro angústias, desesperos.
Fico menor, fico pequeno, isolado em escuridão e frio.
Sinto fome e muita sede. Sede de uma vida sã.

E então, mesmo sem querer, teu olhar brilhou em mim. Teu sorriso me aqueceu.
Como flor regada eu renasci, cresci.
De repente havia alguém ao meu lado, bem aqui.

Não estou curado, eu sei. Há muitas feridas ainda abertas. Muitas suturas a fazer.
Mas a luz do teu olhar já ilumina o meu caminho.
Não me sinto mais sozinho. Não me sinto mais ninguém.

Seja o que for, haja o que houver, teu calor já me mudou.
Nunca mais serei o mesmo depois do teu corpo, do teu ardor.

E se for uma noite apenas, que seja assim então.
Pois ainda assim terá valido a pena sentir o toque delicado do teu amor.

Descubro em meio ao delirar de uma vida enferma
Que teu olhar, verde do mar, remédio doce e ainda forte
Já me alivia, e pode até, depois de tudo acontecer
A minha vida, hoje doente, enfim curar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário