sexta-feira, 9 de abril de 2010

Território

Não sou dono de nada. Nem de mim sou dono!
Algumas pessoas urinam em seus supostos territórios, simplesmente porque estão ali há mais tempo. Querem demarcá-los, têm receio de que outros venham e as expulsem, sejam mais fortes, mais capazes. Fecham-se. Tentam repelir.
Pois a urina alheia não me espanta. Tenho olfato seletivo. Gosto do cheiro do meu xixi misturado ao dos outros. Quanto mais urina, mais uréia. Mais adubo, mais colheita.
Não se pode possuir clientes, alunos, amigos, empregados. Pessoas não podem ser donas das outras. Nem amantes que, no afã de expressarem seus mais íntimos sentimentos, declaram-se propriedade um do outro, na verdade o são.
Quando o homem perceberá que não pode ser só? Quando notará que sempre precisará do outro? O comunismo de Marx, desvirtuado por loucos ditadores, afortunadamente morreu, mas a coletividade jamais perecerá. Porque é a única saída para o desenvolvimento, para a evolução, para o bem-viver. Para o sobreviver, em um planeta de bilhões.
Portanto, não vou te impedir. Mas não pense que vou recuar.
Pode urinar à vontade!

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